quarta-feira, 11 de maio de 2011

SALMO 17 (Súplica pela proteção divina)

Ouve, Senhor, a causa justa,
atende ao meu clamor,
dá ouvidos à minha oração,
que procede
de lábios não fraudulentos.
Baixe a tua presença
o julgamento a meu respeito;
os teus olhos vêem com eqüidade.
Sondas-me o coração,
de noite me visitas,
provas-me no fogo
e iniquidade nenhuma
encontras em mim;
a minha boca não transgride.
Quanto às ações dos homens,
pela palavra dos teus lábios,
eu me tenho guardado
dos caminhos do violento.
Os meus passos se afizeram
às tuas veredas,
os meus pés não resvalaram.
Eu te invoco, ó Deus,
pois tu me respondes;
inclina-me os ouvidos
e acode às minhas palavras.
Mostra as maravilhas
da tua bondade,
ó Salvador dos que à tua destra
buscam refúgio
dos que se levantam contra eles.
Guarda-me
como a menina dos olhos,
esconde-me à sombra das tuas asas,
dos perversos que me oprimem,
inimigos que me assediam de morte.
Insensíveis, cerram o coração,
falam com lábios insolentes;
andam agora cercando
os nossos passos
e fixam em nós os olhos
para nos deitar por terra.
Parecem-se com o leão,
ávido por sua presa,
ou o leãozinho,
que espreita de emboscada.
Levanta-te, Senhor,defronta-os,
arrasa-os;
livra do ímpio a minha alma
com a tua espada,
com a tua mão, Senhor,
dos homens mundanos,
cujo quinhão é desta vida
e cujo ventre tu enches
dos teus tesouros;
os quais se fartam de filhos
e o que lhes sobra
deixam aos seus pequeninos.
Eu, porém, na justiça
contemplarei a tua face;
quando acordar, eu me satisfarei
com a tua semelhança.

Glória à Deus!
Amém!

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